Cerca de mil pessoas passaram pelos corredores da PUCGoiás durante os três dias do 1º Congresso de Psicologia do Cerrado (Conpcer), realizado na última semana de agosto. Com uma programação ampla, psicólogos, psicólogas e estudantes de Psicologia tiveram acesso a mesas redondas, conferências, palestras, minicursos e oficinas. Para que essas atividades acontecessem, 141 profissionais se dispuseram a participar.

O presidente do CRP-09, Wadson Arantes Gama, afirma que o evento foi um sucesso. “Estamos recebendo várias mensagens elogiando o Conpcer. O público também superou nossa expectativa”, avalia. Ainda de acordo com o presidente, entre os objetivos do evento estava a acessibilidade da categoria e dos estudantes ao Congresso.

“Quisemos que a mesma porta que está aberta para o psicólogo em sua casa, que é o Conselho de Psicologia, estivesse aberta também nas atividades do Conpcer. A comissão organizadora se pautou por facilitar o acesso ao oferecer toda a programação gratuita, pois todos têm o direito de se atualizar e se qualificar”, enfatiza.

Para o presidente da Comissão de Orientação e Ética do CRP-09, conselheiro Eriko Netto de Lima, é válido destacar a importância do profissional de Psicologia aprimorar seus conhecimentos em relação à pratica diária. “O bom profissional busca sempre aprender e nunca se coloca na posição de ‘senhor do conhecimento’. Por isso a importância da participação em congressos, eventos, entre outros, buscando a qualificação profissional técnica e ética da prática nas áreas do exercício profissional da Psicologia”, avalia.

Abertura - a noite de abertura do Conpcer foi marcada por emoção, risos e discussões sérias. A apresentação “Coração Doce”, da Companhia de Teatro Senhoras do Cerrado, da secretaria de Assistência Social de Goiânia, foi a primeira atividade da noite. O texto da peça foi baseado na obra da poetiza Cora Coralina.
 
A palestra “Trânsitos interdisciplinares em Psicologia: desafios da formação à prática profissional”, da professora doutora Maria Cláudia Oliveira, discutiu, entre outros pontos, a necessidade de ultrapassar a fronteira da universidade para a atuação na comunidade. “Muitas vezes temos uma formação míope, desconectada das necessidades sociais. Precisamos identificar onde está a deficiência”, enfatizou.

O momento mais aguardado da noite foi o bate-papo “Sexualidade na Atualidade” com a psicóloga e sexóloga Laura Müller. A plateia se divertiu com a maneira bem humorada em que a palestrante falou sobre sexo. “Procuro trazer às palestras dados de pesquisas sobre sexualidade e também a minha experiência no ‘Altas Horas’ e no consultório”, disse.