O CFP acaba de lançar uma Nota Técnica com orientações a profissionais da Psicologia no atendimento às populações trans, travestis e não binárias. O documento aborda um conjunto de considerações técnicas e éticas a respeito da prática profissional de psicólogas e psicólogos, com base nos conceitos de identidades de gênero, identidades trans e não binárias, interseccionalidade e linguagem.
Confira principais pontos da Nota Técnica:
O respeito ao uso do nome social, dos pronomes e desinências que cada pessoa escolhe deve ser garantido, pois o uso inadequado pode reproduzir violências que afetam a saúde integral.
É crucial que as vivências dessas pessoas sejam entendidas como plurais, sem que isso implique em demandas por mudanças físicas, estéticas ou sociais, como o uso de vestimentas e acessórios, ou questionamentos sobre o nome social, pronomes e desinências adotados pelas pessoas.
Em conformidade com os princípios do Código de Ética Profissional, as(os) profissionais devem respeitar a autodeterminação das identidades de gênero, sem imposição de identidades cis.
Profissionais de Psicologia devem considerar as interseccionalidades nas vidas de pessoas trans, travestis e não binárias, sejam elas em relação à raça, etnia, classe, território, localização geográfica, geração e deficiência, promovendo um acompanhamento inclusivo e que valorize também os saberes tradicionais.
A categoria deve elaborar documentos psicológicos pautados na ética e nas normas profissionais, utilizando técnicas e métodos reconhecidos na Psicologia. Assim, reafirma-se o compromisso da Psicologia de não utilizar diagnósticos para classificar as identidades de gênero como doenças, transtornos ou desvios.
Para acessar a Nota Técnica na íntegra, basta acessar o link abaixo:
NOTA TÉCNICA CFP Nº 11/2025
Conselho Federal de Psicologia