O racismo provoca impactos diretos na saúde mental de grande parte da população brasileira. Psicólogas e psicólogos que abordam as Relações Étnico-Raciais no exercício da Psicologia, fundamentadas nos Direitos Humanos, desempenham uma importante contribuição para a redução das desigualdades sociais e do comportamento racista.
Por isso, o Dia Nacional da Consciência Negra, neste 20 de novembro, simboliza o enfrentamento e a luta que pessoas e coletivos travam diariamente com o objetivo de eliminar o racismo estrutural que persiste em nossa sociedade.
O Dia Nacional da Consciência Negra foi criado em 2003, com a proposta de ser uma ação para ser trabalhada no calendário escolar, e foi oficialmente instituída como data nacional em 2011. O dia escolhido é atribuído à morte de Zumbi dos Palmares em 1695, fazendo uma homenagem a um dos maiores líderes negros na luta contra o sistema escravista.
A proposta da data é fazer uma reflexão sobre a inserção do negro na realidade do Brasil e denunciar as questões estruturais que ainda colocam a população negra à margem da sociedade brasileira. Diariamente, o noticiário nos apresenta casos recorrentes de racismo que resultam em exclusão, preconceito e violência física e psicológica contra a população negra.
Psicóloga e psicólogo, consulte a Resolução CFP nº 18/2002, na qual o Conselho Federal de Psicologia (CFP) estabelece normas de atuação para profissionais em relação ao preconceito e à discriminação racial. A campanha "Racismo é coisa da minha cabeça ou da sua?", elaborada pelas Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia, também é um importante instrumento para o debate sobre o racismo junto à categoria e à sociedade.