A conselheira presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), Ana Carolina Marques Marega, representou o CRP09 no lançamento da campanha "Apite pelo Respeito", que tem o objetivo de combater todas as formas de importunação e violência sexual durante o Carnaval de Goiânia. O lançamento ocorreu no Circo Laheto e também contou com a presença da psicóloga Cida Alves, uma das idealizadoras do movimento.
A campanha "Apite pelo Respeito" também conta com a parceria da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras, Associação Mulheres na Comunicação, Coletivo Mulheres do Noroeste, Coletivo Não é Não, Coró Mulher, Grupo de Mulheres Negras Malunga, Liga de Blocos de Rua de Goiânia, Projeto Lixo Zero, Projeto Bertha, Secretaria de Cultura do Estado de Goiás, Secretaria Municipal da Cultura da Mulher, Superintendência da Mulher – Governo do Estado de Goiás e VIVA Goiás – Vigilância de Violências e Acidentes da SES.
A conselheira Ana Carolina Marques Marega ressalta que a parceria do CRP09 está alinhada aos trabalhos desenvolvidos pela CDH na defesa dos direitos das mulheres. "O combate à violência contra mulher deve compreender a necessidade de uma mudança a nível cultural. Por isso, a campanha utiliza o elemento do apito e o lema "Não é não". O CRP09 agradece a campanha pelo acolhimento e por realizar um trabalho tão necessário", destaca Ana Carolina.
O movimento "Apite pelo Respeito" e o bloco "Não é Não" alertam que o consentimento é imprescindível em qualquer tipo de envolvimento sexual. Nesta época de Carnaval, onde há um clima festivo e o aumento no consumo de álcool, a mensagem precisa ser ainda mais rigorosa: depois do "não", tudo é assédio. O consentimento também precisa ser contínuo e pode ser retirado a qualquer momento. É preciso respeitar quaisquer sinais de que a outra pessoa não esteja confortável ou sob influência de drogas ou álcool.
"A nossa campanha distribui apitos e pede para que as mulheres que percebam qualquer tipo de importunação ou assédio sexual façam uso desse objeto. Vamos apitar contra a violência à mulher e não aceitaremos nenhum tipo de assédio ou violência. A nossa bandeira é o enfrentamento à misoginia. A mulher tem valor, a mulher é forte, e a mulher tem direito de estar nos espaços públicos, inclusive de lazer, vivendo a sua própria alegria e a sua sexualidade sem passar por nenhuma forma de violência", reforça a psicóloga Cida Alves.