O CRP09, representado pelo conselheiro presidente Wadson Arantes Gama, e as psicólogas Glauce Kelly Ferreira e Sílvia Nelcy Martins Cappele, representantes das(os) psicólogas(os) peritas(os) examinadoras(es) do trânsito, participaram de uma reunião com os servidores Abílio Maranhão e Allyson Ribeiro e Silva Cabral, do Detran Goiás, para tratar do reajuste nos valores da perícia psicológica.
As clínicas médicas e psicológicas são credenciadas para realizar os exames de aptidão física e de avaliação psicológica em candidatas(os) à permissão para dirigir veículos automotores e à troca de categoria, assim como para condutoras(es) profissionais que desejam renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os honorários devem ser fixados pelo Detran, tendo embasamento na Tabela Referencial de Honorários da Federação Nacional de Psicólogos e Conselho Federal de Psicologia (CFP). Mesmo diante de uma resolução que determina o reajuste anual, os valores cobrados em Goiás estão congelados há mais de 6 anos.
A falta de atualização desses valores tem afetado negativamente os custos operacionais das(os) profissionais, uma vez que a inflação acumulada neste período tornou os atuais honorários insuficientes. Durante o encontro com os servidores do Detran, Glauce e Sílvia expuseram a preocupação da categoria com a defasagem dos valores praticados na avaliação psicológica de trânsito.
“Com o passar dos anos, os custos operacionais, como aluguel de espaço, pagamento de funcionários e equipamentos, aumentaram consideravelmente, enquanto os valores pagos pela avaliação permaneceram inalterados. Diante da falta de reajuste, estamos enfrentando dificuldades para manter nossos consultórios e fornecer um serviço de qualidade”, afirma Sílvia.
Os servidores do Detran solicitaram a elaboração de um documento completo que expresse as necessidades e reivindicações das(os) psicólogas(os). O objetivo é que este documento esteja desvinculado das demandas da categoria médica, destacando assim as especificidades e necessidades do trabalho desenvolvido por profissionais da Psicologia envolvidos nesse processo.
“O nosso objetivo é estabelecer uma discussão transparente e produtiva com o Detran-GO, visando ao reajuste adequado dos valores da avaliação psicológica de trânsito. O fato de estarmos tratando especificamente da categoria de psicólogas(os) neste documento vai colaborar para que o Detran perceba as peculiaridades de nossas demandas. Embora compartilhamos desta luta com as(os) médicas(os), temos demandas específicas da Psicologia que precisam ser ouvidas”, ressaltou Glauce.
Os servidores do Detran-GO demonstraram sensibilidade em relação à demanda apresentada nesta reunião e se comprometeram a tratar o tema com urgência junto ao atual presidente do órgão, Delegado Waldir. A expectativa do CRP09, por meio da Comissão Especial de Psicologia no Trânsito, é de que o Detran-GO acene com o compromisso assumido e estabeleça um diálogo construtivo, buscando soluções que atendam às necessidades da categoria profissional.