A comemoração do Dia da Mulher no Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás/Tocantins contou com momentos de beleza e relaxamento, na tarde da última sexta-feira (9), na sede do Conselho. Uma equipe de profissionais fez massagem relaxante nas mulheres presentes. Profissionais ligadas à beleza ensinaram as psicólogas sobre como cuidar da pele e deram dicas de maquiagem.
Já no começo da noite, a psicóloga e vereadora Cidinha Siqueira proferiu uma palestra com a temática mulher. E foi sobre isso que ela concedeu uma entrevista exclusiva ao site do CRP-09. Confira:
A senhora é uma representação feminina importante no parlamento goianiense. A senhora acredita que deve haver maior participação da mulher na política?
Sim, com certeza. A mulher ainda tem uma postura tímida frente ao legislativo de um modo geral. O que é uma pena, porque eu acho que a mulher pode contribuir muito com as políticas públicas. Ela precisa perceber que há grandes possibilidades na política e acredito que a mulher tem a firmeza e a sensibilidade necessárias para fazer bons mandatos.
A participação da mulher na sociedade hoje não é a mesma do começo do século passado. Como essa inserção pode se ampliar ainda mais?
Acredito que a evolução da mulher se faz a cada dia. A mulher está tendo, cada vez mais, oportunidades de estudar e de se preparar para o mercado de trabalho e de produções intelectuais. A mulher passou ter mais noção de suas potencialidades. Ela ganhou muito espaço desde o último século. Antes a mulher não podia sequer votar, hoje os partidos querem ter mulheres nos seus quadros e chegam a vivenciar certa dificuldade para preencher as cotas femininas. Não há como negar as conquistas femininas.
A senhora também é psicóloga, uma categoria predominantemente feminina. Outras carreiras também possuem essa característica. A mulher conquistou, de fato, o mercado de trabalho?
Vejo que a mulher está em evolução na conquista do seu espaço. Nas faculdades, atualmente, as mulheres são maioria. Ela amplia seus conhecimentos e como consequência natural vai ampliando suas conquistas, vai ganhando o mundo das profissões. É um processo que acontece naturalmente, independente da profissão.
A senhora é uma militante política que tem uma atuação ampla em defesa dos direitos das pessoas com deficiência física. Quais foram as ações de iniciativa da senhora em prol dessas pessoas?
Estou muito feliz por ocupar esse espaço na Câmara e hoje posso contabilizar várias conquistas, graças a Deus. Nos nossos dois mandatos foram 43 leis de nossa autoria já sancionadas. A maior parte dessas leis é voltada para as políticas das pessoas com deficiência e idosos. Eu acredito que essas leis vieram preencher uma lacuna legal, porque até bem pouco tempo eram poucas as leis criadas nesse sentido. Cito como exemplo a lei que possibilitou a adequação dos ônibus com elevadores para atender às pessoas com deficiência. Esses ônibus significam a possibilidade de ir e vi para uma pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, o que pode ser um determinante para que essas pessoas vivam suas vidas com independência e dignidade.
É de nossa autoria também a lei que instituiu o Programa de Geriatria que teve muitos desdobramentos, sendo um deles a criação de uma unidade voltada exclusivamente para essa faixa etária. Também destaco, dentro das leis voltadas para a inclusão, a lei que determina que cardápios em estabelecimentos comerciais sejam disponibilizados também em braile, assim como as contas de serviços como fornecimento de energia, água e telefone. Graças ainda a uma de minhas leis já existem semáforos sonoros, destinados para as pessoas com deficiência visual em teste na cidade. O próprio estatuto do Pedestre é uma lei de acessibilidade, que estabelece rotas de calçadas acessíveis, o que está sendo colocado em prática no projeto do Eixo Universitário. Quando penso uma lei tenho como objetivo principal que ela garanta a cidadania para cada cidadão.