O Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás/Tocantins se reuniu na última semana com a corregedora-geral da Justiça do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, para tratar de assuntos relacionados ao trabalho do psicólogo perante a Justiça.
Na ocasião, o presidente do CRP-09, Wadson Arantes Gama, e a vice-presidente, Sandra Valéria Nogueira, levaram à corregedora o problema da falta de equipes multidisciplinares nas Comarcas do Interior. Eles explicam que, devido a isso, os juízes estão intimando os psicólogos que trabalham nos Creas e Cras para que emitam laudos e relatórios psicológicos relativo a casos diversos. “Os profissionais que atuam nesses locais exercitam a Psicologia Social e não possuem materiais específicos para a realização de perícias e nem mesmo têm essa atribuição”, dizem.
A analista de fiscalização da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-09, Rúbia Cristina Canedo, conta que aumentou muito a demanda de psicólogos de Creas e Cras pedindo orientação ao Conselho diante desta situação. "Em atendimento à solicitação da categoria, que tem sido cada vez mais frequente, a COF procurou a Corregedoria para que seja viabilizada uma solução", diz. E complementa: "nesse caso, o assessor jurídico do CRP-09, Jefferson Coelho de Castro, fez a intermediação com a Justiça".
A desembargadora Beatriz Figueiredo Franco entendeu a situação e fez o compromisso de que a corregedoria pedirá à Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás que apresse o concurso público para a contratação da equipe. Ela disse também que a Corregedoria recomendará aos juízes que não utilizem mais os psicólogos das unidades das prefeituras como peritos e pareceristas em processos.