Cinco psicólogas gabaritadas expuseram o assunto “O Desamparo Familiar no Século XXI”, na mesa redonda que ocorreu na última sexta-feira (30), na sede do Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás/Tocantins, em Goiânia. Cerca de 80 pessoas formavam o público em que a maioria era profissional ou estudante de Psicologia.
A conselheira do CRP-09, Christine Ramos Rocha, coordenou a mesa. Ela destaca que o principal eixo de discussão sobre esse tema é o que o desamparo familiar tem causado na sociedade atual. “São muitos casos de violência na família, até morte acontece. As pessoas têm se chocado muito com isso”, avalia.
Para a psicóloga infantil, Marcella Haick Mallard, uma das palestrantes, é improvável dissociar a família da infância. “É preciso falar do papel da mãe, da questão da origem do modelo familiar nas atuais circunstâncias”, destaca. Também integrante da mesa redonda, a psicanalista infantil Magda Maria Evangelista da Rocha Rezende afirma que essa temática de desamparo é também de solidão. “Porque a criança traz a família abandonada e a família traz a criança em abandono”, enfatiza.
Foco familiar - Na outra ponta da mesa estavam as terapeutas de família Eliane Pelles e Analice de Sousa Arruda Vinhal de Carvalho. Na sua fala, Eliane destacou o dilema de casais que se separam e passam a disputar os filhos. “Ao invés de compartilhar, eles disputam os filhos por que não elaboram a separação”, analisa.
Já Analice buscou contextualizar a família e as grandes questões que a envolve nos dias atuais. “Precisamos entender que a inteligência não é a capacidade de resolver problemas, mas sim a capacidade de conviver em um mundo compartilhado”, diz.