O Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás (CRP-09) participou na manhã desta terça-feira (28/4) de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que discutiu o Enfrentamento da Violência Contra Idosos e a Garantia de Seus Direitos. A iniciativa é da Comissão de Segurança da Alego, presidida pela deputada estadual Adriana Accorsi (PT).
O evento começou com a apresentação da Cia de Teatro Senhoras do Cerrado, com o espetáculo “Mulher: nascer essência”. Logo em seguida, a mesa para a audiência pública foi posta, onde cerca de 13 entidades ligadas à luta pelos direitos da pessoa idosa participaram.
O presidente do CRP-09, Wadson Arantes Gama, ressaltou em sua fala a necessidade de que é preciso que seja feito um enfrentamento real da velhice. “Quando eu comecei a trabalhar com idosos percebi que isso não acontecia de fato. Nós vivemos em uma sociedade que não está preparada para enfrentar a velhice”, avalia.
Ele relembrou o surgimento do Movimento Plural Idades, em 2010, do qual o Conselho de Psicologia participa e destacou a importância da temática da pessoa idosa ser contemplada na Assembleia Legislativa. “É uma vitória muito grande para quem trabalha nessa área, que essa ‘casa de leis’ abra suas portas para a discussão. Precisamos concretizar mais ações em defesa da pessoa idosa. Aqui estão presentes várias pessoas que cobram do poder público a efetivação das leis e das políticas públicas que protegem o idoso”, reforça Gama.
A propositora da audiência, deputada Adriana Accorsi, destacou três projetos que está a frente que corroboram com a luta pelos direitos da pessoa idosa. São eles a criação da Comissão da Pessoa Idosa na Assembleia Legislativa, da Política de Atenção à Pessoa Idosa no Estado de Goiás e do Observatório da Violência contra a Pessoa Idosa. “Essas iniciativas são importantes para um trabalho de coibir as violações dos direitos dos idosos. Hoje não há uma integração dos dados da Saúde, da Assistência Social e da Polícia”, diz.
Durante a audiência, o delegado especializado em atendimento ao idoso de Anápolis, Manoel Vanderic Filho, fez uma apresentação com informações sobre a violência contra o idoso. De acordo com ele, a polícia não pode apenas punir o agressor, mas precisa convencer o idoso a procurar ajuda, o que para ele é a maior dificuldade. “Devemos abandonar um pouco a legislação e abordar mais o lado social, porque há dificuldade de os idosos denunciarem determinado ente da família, filho ou neto”, afirma. O delegado apontou ainda a necessidade de centralização do atendimento.
(Ascom CRP-09 com Alego)