O documentário ’Recordações de um presídio de meninos’, do cineasta Lourival Belém Jr., será lançado oficialmente nas cidades de Palmas e Gurupi, no Tocantins. Organizado pelo Conselho Regional de Psicologia de Goiás e Tocantins (CRP-09), o evento começa nesta segunda-feira, 9, e segue até a próxima quarta-feira, 11, com apresentações do filme e mesas de debates.
A agenda de apresentações, que terá a presença do diretor do filme, o cineasta Lourival Belém Jr., se inicia nesta segunda, com visitas e debates institucionais em Palmas. Na terça-feira, 10, o documentário será apresentado, em sessão gratuita, no auditório do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra), às 19 horas. Após a exibição, será realizada uma mesa de debate com Lourival Belém Jr., Marluce de Oliveira, coordenadora-geral do Colegiado Gestor da Seção de Base do Tocantins e representantes do Juizado da Infância e Juventude e SEDECA.
Na quarta-feira, 11, a programação segue para cidade de Gurupi, onde o documentário será apresentado no auditório da CDL, às 19 horas, e logo em seguida haverá uma mesa de debate com o diretor da Faculdade de Psicologia, a vice-coordenadora do Colegiado Gestor da Seção de Base do Tocantins, Eliana Núbia Moreira, e o diretor do filme Lourival Belém Jr.
O ‘Recordações de um presídio de meninos’ é um filme que conta a história do movimento do cineclubismo, com foco no Cineclube Antônio das Mortes, e do modelo de atenção dada aos adolescentes infratores dentro do Centro de Observação e Orientação Juvenil (COOJ), na época da ditadura militar. Numa mistura de ficção e documentário, a produção de 28 minutos é protagonizada pelo ator Divino Conceição, como jornalista, cineclubista e ex-interno da Febem.
As imagens foram filmadas em 16 mm entre 1981 e 1988, ano em que o diretor do filme Lourival Belém Jr. fez a primeira montagem. A obra faz uma reflexão interessante sobre a juventude, principalmente neste ano em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 19 anos.
Em sua condição de ex-interno da FEBEM e ex-cineclubista, Divino Conceição realiza uma análise atormentada sobre o sofrimento do homem marginalizado, o fim do cinema de arte, o desencanto com a militância política, os interesses dos meios de comunicação e seus próprios fantasmas. A produção do filme foi realizada com o apoio do Conselho Regional de Psicologia de Goiás e Tocantins (CRP-09), do Cineclube Antônio das Mortes, Idéia Ambiental e Cultural e C.A.RA. Vídeo. Para o diretor do filme, a realização deste projeto só foi possível graças ao capital social, aos amigos e pessoas interessadas em resgatar a história a partir do cinema.