Artigo - Ética e Competição

Publicado em 14/07/2011 às 05h00 | Atualizado em 14/07/2011 às 05h00

Leia abaixo ou no site do jornal O Popular o artigo desta quinta-feira, dia 14 de julho, do presidente da Comissão de Ética e Fiscalização (CEF) do Conselho de Psicologia 9ª Região Goiás-Tocantins (CRP-09), Eriko Netto de Lima.

Ética e Competição

A busca por um espaço privilegiado no mercado profissional tem contribuído rotineiramente para condutas que fogem aos padrões éticos. Não é exagero dizer que a causa desse problema é, na maioria das vezes, a aceitação da competitividade como valor máximo da nossa sociedade. “Vai gerar lucro? Então é válido”, é o que pensam muitos profissionais. Dentro deste desejo irrefreável de estar sempre em primeiro lugar, discutir questões éticas ficou quase “antiquado”.

Mas que futuro teremos se priorizarmos a perseguição do lucro em detrimento da ética? Por que os dois fatores não podem coexistir? A questão chegou a tal ponto que a ética agora é considerada um diferencial de mercado para as empresas. O que poucas empresas percebem ainda é que a falta de ética causa mais prejuízos que retorno financeiro. É mais caro ter de pagar propina constantemente do que atender exigências legais. É mais caro também recuperar a imagem de uma empresa abalada por escândalos do que cultivar a admiração da sociedade.

Por conta de tantos escândalos ? fraudes em licitações, pagamento de propinas, favorecimentos, desrespeito ao meio ambiente, exploração da mão-de-obra ? há também pessoas que preferem se dar ao trabalho de buscar lugares que se baseiam no comportamento ético e na conduta socialmente responsável. Por isso oferecer condições iguais para os clientes, primar pela qualidade do serviço, preocupar-se com o bem-estar social e o meio ambiente e pagar os impostos são atitudes que colaboram para a permanência de uma empresa no mercado.

É importante ressaltar ainda que as pressões por resultados dos funcionários não podem ser exigência para que eles deixem de lado as normas éticas. No caso dos psicólogos, os dilemas éticos são rotineiros. Afinal quantas vezes não sofremos pressões para testemunhar em processos judiciais e quebrar nosso sigilo profissional? Um psicólogo menos experiente, ou menos preocupado com as questões éticas, pode sucumbir diante da exigência para não perder seu espaço no mercado de trabalho.

Outro caso que se refere à nossa categoria são os laudos psicológicos para obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Um parecer desfavorável ao candidato muitas vezes resulta em ameaça à nossa própria integridade física. O que fazer diante da ameaça: sucumbir ou resistir? É dever do funcionário guiar-se pela ética, mas as empresas devem favorecer as condutas pautadas pela ética.

O profissional precisa ter em mente que deve se pautar sempre pela conduta ética. E para isso é importante conhecer o Código de Ética de sua profissão, mas lembrar também que a ética em seu sentido amplo não varia de acordo com a profissão. Ética é guiar sua conduta preocupando-se com o bem-estar coletivo.

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